Fui pega de surpresa ao ouvir os comentários dos colegas de trabalho,sobre as fortes chuvas do Rio de Janeiro! Passei dias de muitos compromissos, e sem disposição alguma para assistir qualquer telejornal quando chegava em casa no final do dia. O sono já não me permitia!
Ao ouvir os comentários e chegar em casa para o almoço, o que primeiro fiz, foi recorrer a TV e ver a edição do Jornal Hoje na Globo, o que me surpreendeu! Eu não queria acreditar que toda aquele pesadelo estava acontecendo aqui mesmo em meu País, no Brasil. Outros estados também foram no ano passado, vitimas de muitas chuvas, chegando até haver a mobilização nacional de camapnaha aos desabrigados! Naquela ocasião também fiquei (ou ficamos), até na distância, meio apavorados. Nesse caso do RJ, fiquei perplexa diante da fúria das águas, dos montes que abriram caminhos e criaram cachoeiras, levando abaixo, casas, famílias, e sonhos!
Nos poucos instantes que assisti, percebi que a equipe de repórteres se esforçavam para levar até nós, o caos que se alastrava em vários pontos do estado, vítima da falta de programas sociais e políticas publicas que poderiam amenizar a tragédia que fez orfãos pais, filhos e familias. Teriam evitado esse tipo de situação que ceifou vidas, separou famílias, e mostrou que mesmo diante dos questionamentos e incertezas, a Solidariedade falou mais forte.
Pessoas que não se conheciam, se tornavam irmãos e dividiam a mesma dor! Os que pouco tinham, dividiam tudo para amenizar a dor do próximo! Os ouvidos que se esforçavam para ouvir os pedidos de socorro em baixo dos barrancos, eram motivados pelo amor e atos humanitários! Situação de desesperos acalmados pela palavra amiga, de conforto, pelo olhar, e até pelo silêncio de não saber o que dizer diante de uma situação tão desumana!
Ao ouvir o relato de um pai que perdeu seus dois filhos e sem rumo para o futuro, me partiu o coração; sem comentar os demais depoimentos que me deixaram angustiadas, e me questionando sobre o porquê de não terem tomado as devidas providencias antes de tudo isso acontecer. Deixar familias construirtem em cima de aterros. Seria escolha, ou falta mesmo de opção!?
Fiquei sabendo que uma das medidas para acomodar os sobreviventes desabrigados seria um acordo entre governo Federal e a Caixa Econômica para incluir a construção de um condomínio já em andamento, no Programa “Minha Casa Minha Vida”. Claro que não podemos cobrar do governo Lula as providencias de mais de 10, 20 anos de descaso e irresponsabilidade.
Os governos (federal, estadual e municipal) tentam agir contra uma força maior que eles não tem controle: “Os fenônemos naturais - A Chuva”. Como socorrer em meio a tanta água e lama!? A resposta não temos, mas os bombeiros, a PM, a população não desistem e continuam na esperança de encontrar vidas embaixo dos escombros.
Esperamos que pelo menos para uma coisa, valha a pena tanta água:”para lavar a consciência das autoridades. Que eles parem de fazer “projetinhos” que encobrem a real situação dos fatos! Bem que seria muito bem empregado nessa situação, a “lavagem de dinheiro, o dinheiro das cuecas, meias” para salvar vidas e dar uma morada mais digna a população, vítima dos escândalos políticos que em nada contribuem para a dignidade humana!
As chuvas levaram abaixo muitos Sonhos e anos de vidas contruidos em meio aos descasos dos politicos!
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